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Nutrição e treino
O paradigma do ovo e do colesterol
Por Filipa Vicente
31.10.2020 | 3 Comentários | 0 Likes
A hipercolesterolémia, ou seja, o aumento dos níveis de colesterol total no sangue é um dos fatores de risco mais frequentemente apontados para o elevado risco cardiovascular na idade adulta e é de facto modificável através de escolhas alimentares.
Neste âmbito, o ovo por ser uma fonte de colesterol alimentar (120-250mg/ovo) foi sempre menos bem visto e é frequente ouvirmos a velha recomendação de “no máximo 3 ovos por semana”. Será que esta medida é correta e baseada na evidência mais recente? Qual a implicação do que sabemos na prática?
Importa esclarecer o leitor que a evidência científica em nutrição nem sempre nos traz uma resposta clara e concisa sobre o efeito de um alimento uma vez que é necessário proporcionar um contexto para a sua ingestão, uma porção ajustada ao indivíduo e sobretudo avaliar o efeito de várias variáveis que podem influenciar esse mesmo efeito.
No que diz respeito aos ovos temos de ter em conta os dados trazidos por estudos de natureza distinta: os epidemiológicos baseados na observação da ingestão a nível populacional e a sua relação com o risco de doença e os estudos clínicos em que se sujeita uma amostra de indivíduos à ingestão do alimento e estuda-se o efeito num curto espaço de tempo (semanas).
Numa meta análise muito recente de 17 estudos, os autores concluíram que de acordo com os resultados da meta análise o efeito da ingestão de ovos era aditivo no ratio LDL/HDL, quer dizer quanto mais ovos eram ingeridos maior o impacto no ratio. No entanto, a maior parte dos estudos citados não tem em conta por exemplo o passado dos participantes. Importa também destacar que, embora não esteja claro nas conclusões, há um número de ovos a partir do qual este efeito é de facto significativo e são 3 ovos diários. Não parece ser prejudicial a ingestão de 1 ou 2 mas sim 3 ou mais ovos por dia.
Também recente, um estudo observacional que incluiu 146 mil pessoas mostrou que a ingestão de ovos não demonstrou ter qualquer impacto significativo nos níveis de lípidos no sangue, no risco de doença cardiovascular nem tão pouco na incidência de eventos major do foro cardiovascular.
No ano anterior, a mesma revista que publicou a meta análise referida antes tinha publicado um estudo com 3558 indivíduos em que a ingestão frequente de ovos parecia estar associada a uma diminuição/controlo dos níveis de colesterol quando elementos de uma alimentação equilibrada rica em fibra, pobre em gordura saturada e ajustada à necessidade individual do ponto de vista energético.
O que nos dizem estes dados?
Mostram sobretudo a complexidade de associar um alimento ao risco acrescido de uma doença ou alteração de um marcador bioquímico. Não é possível tirar conclusões para intervenção com uma meta análise apenas de 17 estudos, por muito robusta que seja a análise. Nem tão pouco é possível perder o contexto de que o ovo se insere num plano de alimentação e num estilo de vida.
Os indivíduos não ingerem apenas ovos na sua alimentação, devem incluir outras fontes de proteína e algumas podem até ser responsáveis pelo aumento do risco de doenças crónicas não transmissíveis como é o caso do possível efeito pejorativo dos produtos de charcutaria no cancro.
Curioso também é observar que a ingestão de substitutos de ovos, um produto muito comum nos EUA, pareceu igualmente ter um efeito de aumentar os níveis de colesterol total sendo que uma das alegações destes produtos é justamente ser isento de colesterol para os tornar em teoria mais vantajosos que o original.
A recomendação é simples: um ovo será sempre um alimento nutricionalmente mais equilibrado pela sua riqueza nutricional do que um produto de charcutaria. Mantenha uma ingestão equilibrada utilizando os ovos para variar as suas fontes de proteína, utilizando ovo em vez de queijo, fiambre ou presunto ou mesmo numa refeição principal. E, se lhe foi dada recomendação para diminuir a ingestão de ovos, não deixe de experimentar a clara de ovo pasteurizada em deliciosas omeletes. É apenas clara de ovo, não um substituto, sendo rica em proteína e com um teor vestigial de gordura.
Referências
1 Lancet 2007; 370(9602):1829-39
2 Nutrients 2020; 12(7): 1995
3 Am J Clin Nutr 2020; 111(4):795-803
4 Nutrients 2019; 11(5): 1105
5 Nutr Metab Cardiovasc Dis 2019; 29(7):653-664
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